ELEMENTOS PARA ANÁLISE E ESCOLHA DE LIVROS

No dia 05 de novembro os Atendentes de Biblioteca participaram de um momento de formação direcionado à análise de livros. Discutiu-se na ocasião o que é considerado literatura.
O processo de escolha dos livros é necessário visto que há muitas opções nas bancas e livrarias. Os exemplares estão cada vez mais bonitos e atrativos, surgem histórias novas a cada dia e os clássicos infantis continuam a sofrer adaptações.
Os livros podem trazer uma boa história, mas não serem tão bons em outros aspectos. Existem vários elementos para se considerar no momento da análise: o conteúdo, as ilustrações, a apresentação e assim por diante. O equilíbrio, a ponderação e as intenções para com o livro é que definirão a escolha mais apropriada.

Bookcrossing
Os Atendentes de Biblioteca levaram para as escolas uma proposta de desenvolver o bookcrossing, que consiste em espalhar livros pelo pátio para que os alunos encontrem, leiam e repassem da mesma forma para outros leitores.

Clube do livro: ser leitor, que diferença faz?

No dia 01 de outubro os Atendentes de Biblioteca tiveram a oportunidade de assistir uma palestra sobre leitura junto aos professores e pedagogos do município. O evento foi promovido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e aconteceu no Teatro da Praça.O título da palestra é o título de uma de suas inúmeras obras.
A doutora e escritora Luzia de Maria expôs brilhantemente o amor pelos livros que trouxe da infância. “Ler é uma questão de prioridade, você tem que dar valor”, afirma.
A palestrante relata a sua experiência pautada na leitura como fator essencial e intrínseco à escrita. Para ela o que ensina uma criança a escrever é a leitura e não os exercícios de gramática, pois a leitura trabalha indiretamente o vocabulário e as estruturas da língua escrita. Para que o aluno compreenda e entenda a literatura não basta falar sobre ela, o aluno tem que ter as suas próprias experiências de leitura.
Segundo Luzia de Maria, o mundo atual exige leitores, que reflitam e que saibam se expressar. Os livros levam as pessoas a conhecerem as experiências dos outros e estão cada vez mais atrativos. “Enquanto você pensa, você é desafiado, por meio da literatura adquirimos conhecimento”.
Durante toda a palestra a escritora salientou que os professores também precisam priorizar a leitura. “Educamos pelo exemplo, para formarmos leitores temos que ser essencialmente leitores”.

Seleção e aquisição em bibliotecas escolares

No dia 22 de setembro a Formação para Atendentes de Biblioteca abordou os aspectos da seleção e aquisição de acervo para as bibliotecas escolares.
No encontro, foram realizadas algumas discussões a respeito de como proceder com as doações recebidas e da importância de se rever constantemente o acervo para dele retirar os materiais que não estão em bom estado ou que por alguma razão deixaram de ser utilizados (livros rasgados, fitas VHS, materiais desatualizados...).
É preferível priorizar a qualidade do acervo ao invés da quantidade. O equilíbrio de assuntos dentro da biblioteca também tem que ser considerado antes da ampliação de um acervo. A maior demanda é na área de pesquisa? Em qual área? Há carência de livros de literatura ou de paradidáticos? Estes são alguns dos questionamentos que podem ser realizados para se avaliar o acervo.
É comum encontrar nas prateleiras das bibliotecas um acúmulo de livros didáticos de anos anteriores. Após os três anos de vigência, que é o tempo estabelecido para o uso dos livros didáticos em sala, uma nova escolha é realizada pelas escolas e os livros novos são encaminhados pelo FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento às unidades escolares. Por essa razão é importante que os livros anteriores sejam repassados à comunidade escolar por meio da doação.
Ao final da formação foram abordadas algumas questões relacionadas às verbas de origem municipal e federal que as escolas recebem. A verba enviada anualmente às escolas originária do PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola, por exemplo, pode ser utilizada para fins de reparo e manutenção no espaço da biblioteca. Considerando que a biblioteca é para o uso da coletividade também é possível adquirir com a verba algum mobiliário, equipamentos e acervo para a biblioteca escolar. A única ressalva é a de que não se compre com esta verba os títulos já enviados anteriormente pelo PNBE – Programa Nacional Biblioteca na Escola.

A leitura e a contação de histórias

No dia 19 de agosto a Formação para Atendentes de Biblioteca abordou os aspectos da Leitura e da Contação de histórias, como elementos importantes à formação do leitor.
No encontro, foram realizadas algumas dinâmicas em grupo para a compreensão de que a leitura e a contação são atividades diferenciadas, ainda que não pareçam.
RAUEN (2009) afirma que a leitura se apoia no livro enquanto a contação se apoia na memória do contador.
Alguns dos Atendentes de Biblioteca já desenvolvem atividades de incentivo à leitura nas escolas e trouxeram a sua contribuição por meio dos relatos de experiências, ampliando e sugerindo outras possibilidades de exploração das histórias.
Durante a formação procurou-se contextualizar historicamente as duas abordagens e seduzir os participantes por meio da literatura, uma vez que ela proporciona a integração, o entretenimento e o desenvolvimento da imaginação e da oralidade. Outras formações darão continuidade ao tema e aprofundarão as discussões.
Na ocasião alguns sites relacionados ao livro e a leitura foram consultados.

http://www.educarparacrescer.com.br/livros
http://www.autenticaeditora.com.br/livros_digitais
http://www.livroclip.com.br
http://www.livralivro.com.br
http://www.livrofalado.pro.br

Formação para Atendentes de Biblioteca - Políticas Públicas na área do Livro e Leitura

No dia 16 de junho os Atendentes de Biblioteca, das escolas municipais, estiveram em formação na Biblioteca do Centro Municipal de Formação Continuada.
O objetivo do encontro foi discutir sobre as Políticas Públicas que existem no Brasil em relação ao livro e à leitura. Na oportunidade foi apresentada a última edição da Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil.
Ao final da formação os Atendentes conheceram algumas práticas para organização de arquivos armazenados em CD e DVD.

BiblioSESC encerra as atividades em Araucária

A Unidade Móvel de Biblioteca, com acervo de aproximadamente 3.000 livros de diversas áreas do conhecimento, encerrou suas atividades em junho deste ano.
Durante o tempo em que permaneceu no município, atendeu a visita de 28 escolas, realizou 246 empréstimos e 1920 consultas locais.
O principal objetivo do BiblioSESC é formar leitores, aproximando o livro da comunidade e promovendo a melhoria da qualidade de vida por intermédio do acesso a informação.
O SESC Paraná, além do acesso ao livro, como já vinha fazendo, trouxe ao município de Araucária uma programação de estimulo à leitura e à literatura ao alcance dos estudantes e comunidade, promovendo ainda momentos de formação continuada aos professores.
Ao longo dos dois meses de permanência no município, o BiblioSESC proporcionou o acesso dos alunos às diferentes linguagens, tendo como eixo condutor a leitura em suas diferentes formas: musical, verbal, não verbal.

Alunos e professores da escola Alderico em Oficina de Música

Na escola municipal Prefeito Alderico Zanardini Ozório, foi desenvolvido um trabalho pedagógico com o gênero Choro, articulado a partir do livro-CD, Pedro e o Choro.
Durante a formação, cada uma das professoras recebeu um exemplar do livro da própria autora, Simone Cit, para dar continuidade ao trabalho.

As oficinas aconteceram simultaneamente com alunos e professores totalizando 24 horas, distribuídas em quatro datas. Todas as atividades foram conduzidas pela professora Simone Cit e alunos da Faculdade de Artes do Paraná.
O encerramento dos trabalhos foi marcado por uma apresentação que reuniu os professores, alunos e funcionários de toda a escola.









Conteúdos trabalhados:

·História do choro
·Instrumentação do choro
·Apreciação do choro (repertório)
·Construção e execução de instrumentos percussivos para a execução do choro
·Canto
·Percussão corporal no repertório chorístico



* Simone Cit é Mestre em Estudos Literários pela UFPR e autora dos livros “Histórias da Música Popular Brasileira para crianças” e “Pedro e o Choro”. Atualmente é professora do Departamento de Educação da Faculdade de Artes do Paraná e doutoranda em Literatura na Universidade Federal de Santa Catarina.

Contação de histórias

Os professores Regentes de Modalidade Diferenciada (RMD) da Secretaria de Educação participaram de um curso de Contação de Histórias oferecido pelo SESC, em parceria com a Prefeitura de Araucária.

O curso teve a duração de 20 horas e foi ministrado pela contadora de histórias Rosângela Rauen. Os encontros tiveram como objetivo sensibilizar os educadores para o uso da narrativa oral na formação de leitores.




Conteúdos trabalhados:

· A importância histórica e social do narrador;
· O ler e o contar histórias;
· A função lúdica e pedagógica das histórias;
· A importância da qualidade, tanto literária quanto por parte do contador;
· A preparação narrativa: escolha e preparação do texto;
· A técnica de contar: postura, voz, gesto, o olhar;
· A voz que conta e canta;
· Exercícios de preparação vocal.

* Rosângela Rauen é Educadora, Mestre Educação, Integrante do Grupo Saberes de Contadores de História – PUC/PR, contadora de história da Casa da Leitura – Fundação Cultura de Curitiba.

Contação de histórias com o uso de materiais recicláveis

Os professores das séries iniciais da Secretaria de Educação participaram de um curso de Contação de Histórias oferecido pelo SESC, em parceria com as Secretarias Municipais de Educação e Cultura. O curso teve a duração de 20 horas e foi ministrado pelo artista gráfico, plástico e escritor Joba Tridente.

Os encontros tiveram como objetivo capacitar o professor a perceber e entender a utilização das técnicas das artes cênicas no processo de formação de leitores. O enfoque desta formação foi a confecção e a manipulação direta de bonecos e objetos a partir de materiais descartáveis.

Conteúdos trabalhados:

· Ler, contar e representar histórias;
· A criação individual e coletiva de histórias;
· Adaptação de texto e criação de diálogos;
· Uso de cenário e objetos de cena;
· Como criar bonecos com material reciclável;
· Como trabalhar com bonecos ou dar vida a objetos;
· Forma e conteúdo ao contar uma história;
· Figurino (fantasia ou roupa comum).

Alunos do município em atividades de Leitura e Contação de Histórias

Os alunos das escolas municipais Egipciana, Planalto dos Pinheiros e David Carneiro tiveram a oportunidade de participar de atividades diferenciadas em suas escolas envolvendo a leitura.

As atividades foram conduzidas pelos profissionais Joba Tridente e Rosângela Rauen, contratados pelo SESC em parceria com a Prefeitura do Município de Araucária.




Currículo:

Rosângela Rauen
Educadora, Mestre Educação, Integrante do Grupo Saberes de Contadores de História – PUC/PR, contadora de história da Casa da Leitura – Fundação Cultura de Curitiba. Teve vários artigos e trabalhos publicados na área de Educação e na Literatura Infantil publicou o livro “O menino que fabricava beijos”.

Joba Tridente
Artista gráfico, plástico e escritor. Oficineiro cultural desde 1995. Bonequeiro e contador de histórias desde 2000. Trabalhou na Abril Cultural-SP, Ministério da Cultura-DF e SEEC-PR. Expôs em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Curitiba. Publicou prosa e verso pela Civilização Brasileira e Kátharsis.

Atendimento em bibliotecas

Um bom atendimento é essencial para aproximar os alunos da biblioteca. Por esta razão, a formação para os Atendentes do dia 18/03, procurou ampliar as discussões sobre o tema.

Os Atendentes de Biblioteca tem inúmeras funções diárias: a distribuição e o recolhimento do livro didático, o controle de empréstimos, o auxílio no atendimento à pesquisa, o auxílio na promoção da cultura e o auxílio na implementação dos projetos de leitura, previstos na Proposta Pedagógica.

As diversas atividades exigem a interação constante entre os Atendentes e a comunidade escolar e assim como nas demais formas de atendimento, eles precisam atender bem as necessidades dos outros.

O espaço físico e as condições do ambiente também influenciam a qualidade dos serviços oferecidos na biblioteca. Em condições que não são propícias, os funcionários acabam tendo que adaptar criativamente o espaço, buscando a melhor forma de disposição dos móveis e a otimização do ambiente.




Representação da biblioteca com o Paint
Autoria: Sônia Beatriz de Souza

Avaliação - Atendimento em bibliotecas

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