Clube do livro: ser leitor, que diferença faz?

No dia 01 de outubro os Atendentes de Biblioteca tiveram a oportunidade de assistir uma palestra sobre leitura junto aos professores e pedagogos do município. O evento foi promovido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e aconteceu no Teatro da Praça.O título da palestra é o título de uma de suas inúmeras obras.
A doutora e escritora Luzia de Maria expôs brilhantemente o amor pelos livros que trouxe da infância. “Ler é uma questão de prioridade, você tem que dar valor”, afirma.
A palestrante relata a sua experiência pautada na leitura como fator essencial e intrínseco à escrita. Para ela o que ensina uma criança a escrever é a leitura e não os exercícios de gramática, pois a leitura trabalha indiretamente o vocabulário e as estruturas da língua escrita. Para que o aluno compreenda e entenda a literatura não basta falar sobre ela, o aluno tem que ter as suas próprias experiências de leitura.
Segundo Luzia de Maria, o mundo atual exige leitores, que reflitam e que saibam se expressar. Os livros levam as pessoas a conhecerem as experiências dos outros e estão cada vez mais atrativos. “Enquanto você pensa, você é desafiado, por meio da literatura adquirimos conhecimento”.
Durante toda a palestra a escritora salientou que os professores também precisam priorizar a leitura. “Educamos pelo exemplo, para formarmos leitores temos que ser essencialmente leitores”.

Seleção e aquisição em bibliotecas escolares

No dia 22 de setembro a Formação para Atendentes de Biblioteca abordou os aspectos da seleção e aquisição de acervo para as bibliotecas escolares.
No encontro, foram realizadas algumas discussões a respeito de como proceder com as doações recebidas e da importância de se rever constantemente o acervo para dele retirar os materiais que não estão em bom estado ou que por alguma razão deixaram de ser utilizados (livros rasgados, fitas VHS, materiais desatualizados...).
É preferível priorizar a qualidade do acervo ao invés da quantidade. O equilíbrio de assuntos dentro da biblioteca também tem que ser considerado antes da ampliação de um acervo. A maior demanda é na área de pesquisa? Em qual área? Há carência de livros de literatura ou de paradidáticos? Estes são alguns dos questionamentos que podem ser realizados para se avaliar o acervo.
É comum encontrar nas prateleiras das bibliotecas um acúmulo de livros didáticos de anos anteriores. Após os três anos de vigência, que é o tempo estabelecido para o uso dos livros didáticos em sala, uma nova escolha é realizada pelas escolas e os livros novos são encaminhados pelo FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento às unidades escolares. Por essa razão é importante que os livros anteriores sejam repassados à comunidade escolar por meio da doação.
Ao final da formação foram abordadas algumas questões relacionadas às verbas de origem municipal e federal que as escolas recebem. A verba enviada anualmente às escolas originária do PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola, por exemplo, pode ser utilizada para fins de reparo e manutenção no espaço da biblioteca. Considerando que a biblioteca é para o uso da coletividade também é possível adquirir com a verba algum mobiliário, equipamentos e acervo para a biblioteca escolar. A única ressalva é a de que não se compre com esta verba os títulos já enviados anteriormente pelo PNBE – Programa Nacional Biblioteca na Escola.