segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O surgimento da Literatura Infantil


Os Atendentes de Biblioteca das escolas municipais participaram de mais um momento de formação no dia 24 de agosto, na Biblioteca da Secretaria Municipal de Educação.

Na ocasião estudou-se um pouco da vida e da obra de autores que representaram um marco na história da Literatura. Entre estes, os fabulistas Esopo e Jean de La Fontaine, os contistas Irmãos Grimm, Charles Perrault e o Pai da Literatura Infantil Hans Christian Andersen.

A formação procurou aprofundar aspectos do surgimento da Literatura Infantil na Europa, com ênfase nos contos e nas fábulas clássicas, estabelecendo comparações entre estes com a Literatura Infantil Pós-Moderna. “É importante que os Atendentes de Biblioteca compreendam como as narrativas orais passaram a ser registradas e a partir de quando se constituiu uma literatura específica para o público infantil”, afirma Marcia Patricia Kuligovski, ministrante da formação.

A literatura pós-moderna tem resgatado as histórias do passado, apresentando-as às crianças por intermédio dos livros e de outros suportes (teatro, cinema, televisão) e para que a criança/adolescente consiga entendê-las com mais profundidade é necessário que ela possua os referenciais do clássico.

De acordo com Cleber Fabiano da Silva (2011) a Literatura Infantil Pós-Moderna possui as seguintes características:

a) O intertexto: é a capacidade de diálogo dos elementos do clássico com os do pós-moderno, podendo iniciar a partir do clássico ou a partir do pós-moderno, importante é o ir e vir, fazer esta ponte entre o passado e o presente. Neste exercício estabelecemos relações, exercitamos a experiência sensível e o posicionamento crítico. Os mesmos personagens aparecem em vários contextos: passado, presente e futuro. “Chapeuzinho Adormecida no País das Maravilhas” de Flávio de Souza, é um exemplo do diálogo pós-moderno.

b) Desconstrução do clássico e revisitamento: o pós-modernismo desconstrói o clássico, criando e agregando ao que já existe. O leitor passa a conhecer outras versões para as histórias, versões que negam as verdades das histórias originais, desconstroem valores e propostas, dando um novo significado.

c) Simulacro: é o embelezamento, tornar as coisas melhores e mais bonitas do que efetivamente são.

Os contos de fadas continuam atendendo às experiências e expectativas das crianças, transportando-as para diferentes realidades. Por isso, ao final do encontro recomendou-se buscar a versão original das histórias para a leitura e a contação de histórias, pois algumas adaptações ignoram os detalhes e a ambientação, resumindo e simplificando as narrativas.

Foi sugerido ainda estabelecer comparações entre as diferentes versões, identificar as histórias clássicas que deram origem às novas versões, explorando e analisando criticamente os diversos suportes em que as histórias são trazidas (sites, propagandas, filmes...).


REFERÊNCIAS

SILVA, Cleber Fabiano da. Literatura infantil: do clássico ao contemporâneo. Curitiba, 02/08/2011. Palestra proferida no Evento Literário da FTD.

SILVA, Cleber Fabiano da. Espaço para publicações sobre literatura, contação de histórias e outras linguagens artísticas. Breve histórico da literatura. Disponível em: . Acesso em 10/08/2011.




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